sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

UM DEUS CRIATIVO

R. C. Sproul escreveu: “Os seres humanos nunca se dão conta ou se convencem de sua insignificância enquanto não são confrontados com a majestade de Deus”.

Reflita comigo por um minuto e pense na complexidade de deta­lhes presente no outro lado da criação.

Você sabia que uma lagarta possui 228 músculos separados e distintos na cabeça? Para um inseto, até que é pouco (um olmo, árvore muito comum na Europa e na América do Norte, tem, em média, 6 milhões de folhas).

Você sabia que, ao bombear sangue para circular por todo o corpo, o coração humano gera pressão suficiente para espirrar sangue a uma distância de até quase dez metros. (Nunca fiz esse teste, e também não o recomendo).

Você já parou para pensar em como Deus é criativo e diversifi­cado? Ele não era obrigado a criar centenas de tipos diferentes de bananas, mas criou. Não tinha de colocar três mil espécies diferentes de árvores em um espaço equivalente a uma milha quadrada da flo­resta amazônica, e mesmo assim ele o fez. Deus não precisava criar tantos tipos de risadas. Pense a respeito dos diferentes sons de risa­das de seus amigos — alguns deles chiam, outros roncam, riem em silêncio, fazem muito barulho ou produzem ruídos desagradáveis.

Que tal pensar em como as plantas desafiam a gravidade ao conduzir água de baixo para cima, a partir do solo, até chegar a seus troncos e ramos?

Você sabia que as aranhas produzem três tipos de seda? Quando elas tecem suas teias, fabricam quase vinte metros de seda em apenas uma hora. Ao mesmo tempo, produ­zem um óleo especial nas patas; ele evita que as aranhas fiquem grudadas na própria teia. (A maioria das pessoas detesta aranhas, mas quase vinte metros de seda por hora merecem respeito!)

E os corais, que são tão sensíveis que morrem se a temperatura da água variar um ou dois graus?

Você sabia que, quando uma pessoa fica arrepiada, o pêlo está, na verdade, ajudando o corpo a se manter aquecido, enga­nando o controle da temperatura corporal?

Já parou para pensar no simples fato de as plantas reterem dióxido de carbono (que é prejudicial aos seres humanos) e produzirem oxigênio (do qual precisamos para sobreviver)? Tenho certeza de que você já sabia disso, mas já parou para se maravilhar diante dessa realidade?

E essas mesmas plantas que ingerem veneno e produzem vida são geradas a partir de sementes minúsculas que foram espalhadas pela terra. Algumas foram regadas, outras não. No entanto, de­pois de alguns dias, elas abriram passagem por dentro do solo até alcançar o calor dos raios de sol.

Sejam quais forem as razões de Deus para tanta diversidade, criatividade e sofisticação no universo, na terra e até mesmo em nosso corpo, o objetivo de tudo isso é a glória do Senhor. A arte divina fala a respeito de Deus, refletindo quem Ele é e como ele é.

Os céus declaram a glória de Deus; o firmamento proclama a obra das suas mãos. Um dia fala disso a outro dia; uma noite o revela a outra noite. Sem discurso nem palavras, não se ouve a sua voz. Mas a sua voz ressoa por toda a terra, e as suas palavras, até os confins do mundo. É o que diz Salmos 19.1-4

É por isso que somos chamados a adorar o Senhor. Sua arte, a obra de suas mãos e sua criação, tudo ecoa a mesma verdade: Deus é glorioso. Não há nenhum outro como Ele. Ele é o Rei dos reis, o Início e o Fim, aquele que é, que foi e que há de vir. Sei que você já ouviu isso antes, mas não quero que deixe essa ver­dade lhe escapar.

Às vezes, sinto dificuldade em imaginar a maneira mais apro­priada de reagir diante da magnitude de Deus em um mundo inclinado a ignorá-Lo ou, no máximo, tolerá-Lo. Mas saiba de uma coisa: Deus não deve ser tolerado. Ele nos orienta a adorá-Lo e temê-Lo.

Há uma epidemia de amnésia espiritual rondando por aí, e ne­nhum de nós está imune a ela. Não importa quantos detalhes fascinantes tenhamos aprendido sobre a criação de Deus; não im­porta quantas fotografias vejamos das galáxias que Ele criou; não importa quantos crepúsculos venhamos a contemplar — nós nos esqueceremos.

A maioria de nós sabe que fomos criados para amar e temer a Deus; que devemos ler a nossa Bíblia e orar ao Senhor, pedindo para conhecê-lo melhor; que temos o dever de adorá-lo com nos­sa vida. Mas pôr essas coisas em prática é um grande desafio.

Ficamos confusos quando encontramos dificuldade para amar o Senhor. Não deveria ser fácil amar um Deus assim, tão mara­vilhoso? Quando amamos o Senhor por achar que temos de amá-Lo, em vez de fazê-lo de maneira sincera, do fundo de nosso ser, significa que nos esquecemos de quem ele é. Nossa amnésia está se mani­festando mais uma vez.

Pode parecer meio "não-cristão" dizer que, em certas manhãs, não me sinto como se amasse Deus. Mas é isso o que acontece. Em nosso mundo, onde centenas de coisas servem para nos dis­trair e fazer que nos esqueçamos do Senhor, devemos nos lembrar dele de maneira deliberada e frequente.

Salmos 115:3 apresenta esta revelação: "O nosso Deus está nos céus, e pode fazer tudo o que lhe agrada". Ainda assim, con­tinuamos questionando o Senhor de várias maneiras. "Por que o senhor me criou com este corpo, em vez de me dar aquele?"; "Por que tanta gente no mundo morre de fome?"; "Por que há tantos planetas sem vida espalhados pelo espaço?"; "Por que minha fa­mília é tão complicada?"; "Por que o senhor não se revela de uma maneira mais clara para as pessoas que precisam de sua ajuda?".

A resposta a cada uma dessas perguntas é simplesmente esta: Ele é Deus. Ele tem mais do que o direito de nos perguntar por que tantas pessoas estão morrendo de fome. Por mais que queira­mos reivindicar de Deus explicações a respeito de sua pessoa e de sua criação, não temos nenhuma condição de exigir que ele pres­te contas a nós. (Dn 4:35).

Você é capaz de adorar um Deus que não é obrigado a dar explicações a respeito de seus atos? Será que não é arrogância de sua parte pensar que Deus lhe deve satisfações?

Retirado do livro Louco Amor, de Francis Chan e Danae Yankoski

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